quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Novembro Negro na UNEB começou na última quarta





Sob o som dos atabaques e da roda de capoeira, teve inicio ontem às 19 horas, no Canto de Tudo da UNEB/Campus Juazeiro, a programação do Novembro Negro. Após as apresentações culturais, aconteceu um debate sobre Racismo.


Mesa de abertura do Novembro Negro


A programação continua nesta quinta-feira e sexta-feira com mesas de debates sobre quilombos, cotas, direito à terra, além de oficinas e mini-cursos e uma vivência com militantes negros vindos do continente africano.A programação começa sempre às 14 horas no espaço Canto de Tudo.

O evento é uma organização dos centros e diretórios acadêmicos do Campus III, Fórum de Comunicação  ertão do São Francisco e o Grupo de Agroecologia Umbuzeiro (GAU), com apoio dos colegiados, do Núcleo de Pesquisa e Extensão e da direção do Departamento de Ciências Humanas da UNEB.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas durante o evento.

Serviço:

O que? Novembro Negro na UNEB
Quando? 28 a 30 de Novembro
Horário? Das 14:00 às 22:30
Onde? Canto de Tudo da UNEB – Juazeiro

Contatos:

Uilson Viana – 74 91082323
Juliano Ferreira – 74 99946152
João Trabuco – 74 91173933
Viviane Costa – 87 88420933



Texto: Uilson Viana (Fórum de Comunicação Sertão do São Francisco) 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mulheres vão as ruas de Petrolina "de luto" diante da violência contra à Mulher no Brasil

Carta enviada pelo Levante Popular da Juventude:

Hoje, 26 de Novembro de 2012, nós mulheres do Levante Popular da Juventude e do Movimento de Mulheres do Sertão fomos às ruas de Petrolina, pra lutar, tirar do privado e tornar público que o machismo não acabou e que ele mata 10 mulheres, por dia, no nosso país. 
 
A violência contra a mulher é a maior expressão das desigualdades vividas entre homens e mulheres na sociedade. A raiz desta violência está no sistema patriarcal e capitalista, que impõe uma necessidade de controle, apropriação e exploração do corpo, da vida e da sexualidade das mulheres. Declaramos toda nossa indignação ao Estado, que é conivente com o patriarcado e não fomenta políticas públicas mínimas para a melhoria de vida das mulheres brasileiras.

As mulheres estavam de preto, em forma de luto por todas as companheiras que já foram e são mortas, assassinadas, violentadas pelo patriarcado. A exemplo da companheira Josenir Kátia, que estava grávida, quando foi assassinada brutalmente pelo seu companheiro no bairro Dom Avelar em Petrolina, em 23/03/10; da tentativa de estrupo a uma estudante que ocorreu no mês de outubro de 2012, no território da FFPP e da FACAPE, em Petrolina.

Lembramos ainda que ontem, 25 de Novembro foi o dia da Luta Latino-americana e Caribenha pela não violência contra a Mulher. 
 
Além disso, conversamos com mulheres e homens que passavam pelas ruas, sobre a importância de não silenciarmos as agressões contra as mulheres, mas combatê-las.

Tornamos públicos esses dados: que, só no estado do Pernambuco, 01 mulher é morta a cada dia, vítima da violência doméstica; no Brasil a cada 12 segundos uma mulher é violentada, estuprada, assassinada. E os agressores são em sua maioria, pai, marido, parente, ex- companheiro, ou homens por elas rejeitados. 
 
Trouxemos à tona, também, a situação da mulher negra, que tem 3 vezes chances a mais de ser estuprada do que as mulheres brancas; 80% das notificações de violência contra a mulher tem como vítimas as mulheres pretas. O controle da vida, corpo e sexualidade das mulheres se agrava ainda mais quando a mulher é negra, da periferia, do campo!

Esse massacre contra nossas mulheres não será mais velado, não nos calaremos, somos metade do mundo e mãe da outra metade; mexeu com uma de nós é mexer com todas e, assim, toda violência será denunciada; onde houver opressão à mulher meteremos sempre a colher. De punhos cerrados, de luto e em luta, a nossa voz e nossa força não morrerão jamais!


Estamos na rua pra lutar por um Projeto Feminista e Popular e seguiremos marchando e lutando até que todas nós sejamos LIVRES!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Encontro de Estudantes de Comunicação da UNEB pauta a Democratização da Comunicação


Dentro da programação do I Encomun (Encontro de Estudantes de Comunicação da Uneb), uma das mesas de debate abordou a “Democratização da Comunicação”. A discussão aconteceu no Canto de Tudo da Universidade do Estado da Bahia, em Juazeiro, a partir de uma mesa composta pelos integrantes do Fórum de Comunicação Sertão do São Francisco, Érica Daiane e Uilson Viana, e pelo gerente de jornalismo da Tv Grande Rio (afiliada da Rede Globo), Elizandro Oliveira.

Após a fala da/dos convidada/os, as/os estudantes levantaram questionamentos à mesa, que aprofundou o debate a partir das experiências de cada organização representada. Conselho Nacional e Estadual de Comunicação, Concessões, Marco Regulatório, Qualidade de Programação, Radiodifusão Comunitária, Responsabilidade dos Meios de Comunicação, foram alguns dos temas que surgiram nas falas da mesa e nas provocações da plateia.

O I Encomun, que aconteceu entre os dias 15 e 18 de novembro no Campus III da Uneb (Juazeiro), foi organizado pelo Centro Acadêmico de Comunicação Social e reuniu estudantes de Jornalismo em Multimeios, do Campus de Juazeiro, de Relações Públicas, do Campus de Salvador, e de Rádio e Tv do Campus da Uneb de Conceição do Coité.

sábado, 3 de novembro de 2012

Transformação Social: A internet e os novos meios de comunicação como ferramenta na luta popular



Transformação Social: A internet e os novos meios de comunicação como ferramenta de luta popular.

Desde o início do século XXI, as mobilizações sociais vêm sendo direta ou indiretamente 
influenciadas pela Internet e/ou pelo envio de mensagens de textos via celular. No ano de 2001, 
por exemplo, os filipinos organizaram protestos através de “torpedos” com o objetivo de cassar o mandato do presidente Joseph Estrada. A partir desta conquista, o uso destes recursos passou a ficar cada vez mais visível na nossa sociedade. Em muitas lutas sociais como, por 
exemplo, acampamentos em lugares públicos para reivindicar direitos, o uso de torpedos torna-se 
necessário para que tudo venha a dar certo, muitas vezes essas mensagens facilitam a 
organização da atividade, sobretudo a segurança dos militantes que desejam acampar.
Os encontros em lugares secretos para planejar algum “golpe”, como o que faziam os 
estudantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) durante a Ditadura Militar no Brasil para dar 
fim a tal Regime, praticamente não existem mais nos dias atuais. As reuniões que as pessoas 
realizam atualmente são através de telas, seja a do computador ou a do celular, onde publicam 
mensagens e organizam manifestos talvez mais resistentes que aqueles estruturados durante 
encontros em lugares previamente estabelecidos. 
É notável na história que muitos desses jonvens mártires na luta popular foram torturados e 
mortos ao fazer essas reuniões secretas.  Hoje muitas pessoas podem se conectar através de 
redes sociais tanto para planejar e discutir  idéias quanto para organizar suas reivindicações sem 
ao menos sair de casa.  O que diminui o fato de colocar sua integridade física em perigo, pois 
existem vários relatos de militantes de várias organizações sociais que ainda são perseguidos 
por aqueles que detém o poder do capital e controlam a grande mídia.
Aqui em Curaçá, na Rádio Comunitária CuraçáFM, devido denúncias constantes sobre a má 
gestão de um ex-Prefeito ocorreram também perseguição aos comunicadores, onde em um certo 
dia um comunicador que estava fazendo sua programação diária foi surpreendido por 
representantes do governo local que queriam fechar sem nenhuma autorização legal a Curaçá 
FM, o locutor aproveitou para deixar o microfone ligado para que os ouvintes escutassem o que 
acontecia, e isso deu certo, em pouco tempo em frente da rádio várias pessoas sensibilizadas 
vieram mostrar seu apoio em defesa da Rádio. 
Desta forma, é inegável que esses meios de comunicação geram benefícios para as relações 
sociais. A Internet, inclusive, possibilita que as pessoas planejem silenciosamente as revoluções 
de que a nossa sociedade tanto precisa e anseia. Como prova disso também estão as 
manifestações ocorridas no Mundo Árabe e que se deram de uma maneira muito mais rápida do 
que os protestos contra a Ditadura Militar no Brasil. Isto se justifica pelo fato de que as 
revoluções ocorridas no Mundo Árabe utilizaram-se das redes sociais para sensibilizar a 
população, enquanto os contrários ao Regime Militar no Brasil não detinham de tal recurso. É 
esta a principal vantagem do uso da Internet e dos novos meios de comunicação diante da 
inclusão de pessoas e povos nas relações sociais.
Assim, a Internet possibilita, através das redes e das mídias sociais, o intercâmbio de 
informações entre pessoas do mundo inteiro em segundos. Trata-se de um recurso que prima 
pela inclusão de todos, em âmbito mundial. É os “olhos e ouvidos” de um planeta que exige 
mudanças com urgência. A Internet tudo vê e tudo sabe. Certamente, se os 
manifestantes que repudiavam a Ditadura no Brasil detivessem dos mesmos recursos que os 
reivindicantes do Mundo Árabe, o Regime Militar não duraria 21 anos. Talvez não durasse nem 
segundos.

Por Adriel Duarte, Membro do Fórum de Comunicação Social e Locutor da Rádio Comunitária CuraçáFM. 


Escreva-nos você também e participe dessa luta em defesa democratização da comunicação. Envie seu texto para o email: bfbduarte@hotmail.com