(*)Texto
produzido sobre a letra da música: Cultura Lira Paulistana. (Itamar Assumpção).
Atividade da Disciplina Sociologia e Educação II do Curso de Pedagogia da UNEB
– DCHIII. O intuito deste texto é fazer uma abordagem sobre censura, educação,
cultura e os meios de comunicação.
Quando
o educador se depara com a temática da crítica da relação entre Educação e Comunicação,
ele ingressa necessariamente em um universo aonde os meios de comunicação é uma
ferramenta importante para o processo de aprendizagem. O uso adequado desses
meios e as novas relações humanas fruto, neste caso em especial, desta relação -
é uma tarefa que merece uma atenção especial. Principalmente, por entendermos a
tamanha influência destes meios ao educar ou provocar comportamentos diversos sejam
eles culturais e sociais tanto dentro quanto fora da sala de aula.
Hoje
mais do que nunca é necessário oferecer a todos os cidadãos, em especial, aos
jovens a competência para saber compreender um leque de informações lançadas em
rede e mais do que isso fazer seu uso correto. Neste caso, repete se a ideia da
crítica da mídia e das informações que serão trabalhadas, por exemplo, na sala
de aula. Para tanto é preciso que o professor ao preparar sua aula, conheça
quem produziu o conteúdo a ser oferecido, quais suas ideologias e a serviço de
quem estão esses meios de comunicação. E ainda como esses conteúdos precisam
ser melhor aproveitados.
É
muito claro, nos noticiários e nas programações diárias que a grande
mídia, por exemplo, que detêm os meios
de produção de comunicação de massa, visar primeiramente e exclusivamente o lucro e não a qualidade das informações a
serem oferecidas aos telespectadores. Entende-se que ao vender os produtos dos
seus clientes através do marketing muitas vezes exacerbado – estão praticando uma
atividade exclusivamente lucrativa deixando de lado outros interesses que nunca
foram de fato interessante a esses meios. Um exemplo disso é a violência
exagerada nas novelas e em filmes.
A
educação na mídia é importante por que vivemos num mundo aonde as mídias estão
onipresentes no processo da formação de valores morais, da cidadania e dos
exemplos para uma vida social mais humana. Isso porque, muitas vezes, ela
produz conteúdos de valores distorcidos para atender a audiência de um público
pobre de cultura como diz na música (*). É visível nas propagandas apelativas
para as crianças, vítimas desde pequenas, o uso de certos comportamentos, o uso
de certos acessórios e consumo de certos produtos que não são atributos para a identidade da
criança, mesmo se se falarmos da “criança contemporânea”.
Quando
há um trabalho pedagógico eficaz, na perspectiva de informa e educar - as
relações sociais através desses meios informatizados acontecem de forma
plausível. O aluno consegue utilizar com responsabilidade, por exemplo, os
computadores da escola, consegue produzir conteúdos didáticos no seu celular e
pode melhorar ainda mais o seu lado cultural, uma vez que, tem nas suas mãos
ferramentas que podem contribuir para sua formação, seja em relação a valores
referentes a educação, lazer, cidadania, política e neste caso, cultura.
Essa
atitude é uma metodologia interessante se falarmos em censura da mídia aonde os
grandes meios de comunicação são propriedade de uma elite burguesa e estão a
serviço de ideologias conservadoras que, como no caso da ditadura militar no
Brasil, manipularam informações, reprimiram opiniões e utilizaram da
comunicação e informação de massa para persuadir as pessoas dos seus interesses
ideológicos.
Para
algumas pessoas, há o discurso de que hoje não há mais censura na mídia e que
ela tem em suas atividades diárias conteúdos culturais politicamente corretos.
O que não é verdade. Nesses meios há uma apelação para que o grande público
vote em certos candidatos também conservadores, tenham as mesmas opiniões
liberais e sejam acomodadas perante os infortúnios do capitalismo vigente na
nossa sociedade que cada dia está mais violenta, desigual e desumana.
Censura
há sim quando militantes de esquerda tentam colocar suas pautas e são
covardemente discriminalizados em suas lutas, quando jornalistas sofrem vários
tipos de injurias físicas e morais ao publicar conteúdos sobre, por exemplo, o
monopólio da mídia e ainda, deixam de produzir conteúdos voltados para educação
ou cultura e vão falar de receitas de bolo ou da visita do jogador tal na
cidade natal.
Concluindo,
a educação tem a missão de incentivar e criticar o uso corretos dos poucos meios
que ainda estão sob controle da população. (Como Rádio Comunitárias, Jornal
Impressos locais etc). Favorecendo a compreensão integral sobre as informações
consumidas todos os dias na TV. Produzindo e informando a própria sociedade em
que se vive sobre as suas variadas formas de cultura e sobre a história de
líderes que deram suas vidas para que as expressões populares não tenham se
perdido no esquecimento, por exemplo.
Sim,
“A ditadura pulou fora da política e como a dita
cuja é craca é crica foi grudar bem na cultura nova forma de censura”... Esse verso da música enfatiza o que foi falado,
principalmente, por que tal processo histórico aconteceu há apenas 50 anos, e consequentemente,
toda aquela censura ainda costurada na historia do nosso país ainda tarda a
desatar...
Por: Adriel Duarte, Curaçá - Ba.