O projeto “Educando para Recaatingar”, do Instituto
Mata Branca, foi um dos selecionados pelo Oi Futuro na 10ª Edição do Oi Novos
Brasis e tem início previsto para o mês de janeiro. O projeto, a ser realizado
no município de Curaçá, norte da Bahia, no Vale do São Francisco - Polígono das
Secas terá ações nas zonas urbana e rural, com o objetivo de “recaatingar”
trechos desertificados, principalmente a Área de Preservação Permanente (APP);
reabilitação de viveiros para produção de espécies nativas da caatinga e
recuperação de áreas em processo de degradação.
O coordenador do Instituto Mata Branca, Edimilson
dos Santos Nascimento, explica que recaatingar nada mais é do que uma espécie
de reflorestamento, só que com espécies nativas da Caatinga, único bioma
existente que é exclusivamente brasileiro, mas que tem sido devastado pela ação
humana, de animais, e fenômenos climáticos, como chuva e vento. “Há uma
contribuição da comunidade, que retira as plantas para fazer cerca e lenha. Já
os animais, que são criados soltos, acabam comendo estas plantas”, explica.
Por isso, além do reflorestamento, o Instituto
pretende fazer um trabalho de conscientização da comunidade quanto aos cuidados
com o meio ambiente, através de técnicas adequadas de plantio e manejo de
espécies da Caatinga. Através desta ferramenta pretende-se alcançar todas as
comunidades localizadas na área alvo. As atividades terão um cunho de educação
e mobilização das pessoas, pretendendo despertá-las para ação conjunta. Serão
realizadas palestras, oficinas e manifestações artísticas que incluam elementos
do cotidiano, trabalhando a sustentabilidade ambiental.
Durante a execução do projeto serão reativados três
viveiros de mudas de espécies nativas, envolvendo as 12 comunidades (Novo
Horizonte, Jatobá, São Bento, Cabaceira, Jaquinicó, Salgado, Melancia, Banguê,
Bom Socorro, Maria Preta, Laminha e Lagedo) rurais presentes na área alvo. Os
viveiros produzirão principalmente espécies forrageiras (servem de alimento aos
caprinos e ovinos) e espécies raras e ameaçadas de extinção na região.
Haverá investimento na plantação de forrageiras em
propriedades particulares com a finalidade de manter forragem para a época do
período mais seco, totalizando 40 hectares reflorestados. O projeto também
“recaatingará” uma área de 10 hectares que será mantida como área-controle. Ao
todo, serão reflorestados 50 hectares de área, que serão cercadas para impedir
a entrada dos animais.
Sobre o Instituto Mata Branca
O Instituto Mata Branca (IMB) foi criado em 1998 e
é composto por lavradores e lavradoras, fundado juntamente com o apoio de
entidades não governamentais. O IMB tem como objetivo desenvolver atividades e
projetos de Convivência com o Semiárido, na perspectiva de contribuir com que
as famílias rurais tenham acesso a água, educação de qualidade, alimento em
quantidade e principalmente com regularidade. É uma organização formal com
estatuto próprio, sem fins lucrativos e diretoria escolhida democraticamente
dentre seus membros.
O instituto já faz o trabalho de mobilização para a
preservação da caatinga, e garante que o projeto “Educando para Recaatingar”
será mais uma ação positiva no município de Curaçá, pois serão recaatingadas
principalmente áreas de preservação permanente (APP) desertificadas ou em
processo, incluindo propriedades individuais.
Sobre o Oi Futuro
O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade
social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento
de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento
social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e
reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população
jovem.
Na educação, os programas NAVE e Oi Kabum! usam as
tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões
na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores
da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Já na
área cultural, o Oi Futuro mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ)
e um em Belo Horizonte (MG), com programação nacional e internacional de
qualidade reconhecida e a preços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações
nas duas cidades.
O esporte é apoiado através de projetos aprovados
pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de
telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei
Federal. O programa Oi Novos Brasis completa seu escopo de atuação, reafirmando
o compromisso do Instituto no campo da sustentabilidade, com o apoio e o
desenvolvimento de parcerias com organizações sem fins lucrativos para a
viabilização de ideias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e
comunicação e a tecnologia de baixo impacto ambiental para acelerar o
desenvolvimento humano.